Gu gu da dá!

Dois mil e cinco poderia ter sido o meu ano perfeito, fiz o que queria, mudei minha vida literalmente e todo aquele tra lá. Faltou algo. Não falta mais!
Minha mulher, melhor amiga, melhor companheira, melhor companhia, melhor qualquer adjetivo que se enquadre aqui está grávida!
Eis que eu no auge da minha pré-molera pelada nos próximos meses vou ter nos meus braços um serzinho fruto da minha união com a Ju, alguém que terá o meu nome nos documentos dele, alguém que vai ter que passar as madrugadas em claro, balançando a criaturinha pra parar de chorar e dormir, alguém que vai aparecer com a frauda toda lambuzada em pleno almoço ou jantar, um toquinho de gente que vai berrar, chorar, rir, pular, dormir, acordar, tudo do meu lado. Um pedacinho de mim que vai segurar na minha mão na rua, vai me pedir colo, vai me pedir tudo que ver colorido na frente e que mais tarde vai me pedir: Sai do meu quarto!; Fecha essa porta! Mas que também vai me pedir Me dá um abraço ou até Me dá uma grana aí!.
Enfim. To o mais feliz que eu poderia, pensei em tomar um porre por dia até meu filhote nascer, mas vou economizar nas aspirinas pra comprar talco e hipoglos daqui pra frente.